Neste 7 de Setembro, dia em que o Brasil comemora 199 anos da Independência, o presidente Bolsonaro trabalhou na convocação de apoiadores para comparecer às ruas. Ele tentou, a todo custo, dar uma demonstração de força. Lamentavelmente o discurso sobre inflação, desemprego, desigualdade social, pandemia e seus efeitos foram esquecidos.
Seus seguidores não dão credibilidade aos institutos de pesquisa, mas perderam a narrativa: o bolsonarismo tem um núcleo duro, que dificilmente mudará de tamanho. Os 25%, que sempre estiveram com o presidente, continuarão com ele.
Quem foi às ruas queria ouvir o discurso radical e antidemocrático. Bolsonaro não disse nada de novo. Ouvimos o de sempre e os alvos mais recentes: Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
São muitas pessoas dispostas a atacar o Supremo Tribunal Federal, o que acende um sinal de alerta, pelo menos deveria. Os efeitos do bolsonarismo continuarão a ser sentidos a longo prazo. Quem esteve nas ruas nesta terça-feira sabe quem é e o que defende Jair Bolsonaro.
Sobre a ruptura institucional, ela existe faz tempo e não é mais segredo.