Durante entrevista concedida à CNN, nesta segunda-feira (18), o governador João Azevêdo discutiu a utilização do medicamento Cloroquina em pessoas com estágio inicial da Covid-19. O gestor comentou que na Paraíba existe um protocolo elaborado por uma equipe da Secretaria de Estado da Saúde que incluiu a Cloroquina em alguns casos, mas a utilização depende da autorização dos pacientes.
“Por falta de estudos que sejam conclusivos, ele não tem a garantia da eficácia, entretanto há uma aplicação sim em determinados casos. Sabemos que apenas em ambientes hospitalares esse medicamento pode ser ministrado, até porque as consequências que acontecem em termos de arritmia cardíaca, termos de danos na retina estão sendo comprovados em pacientes que fazem uso desse medicamento, por isso temos que ter um cuidado muito grande”, afirmou.
O chefe do Executivo estadual também frisou a importância do Comitê Científico criado pelo Consórcio Nordeste, que dá suporte e subsidia a tomada de decisão por parte dos governadores.
“Temos que fazer a análise, eu não tenho dúvida que, se comprovada a eficácia do medicamento, os médicos farão a sua recomendação. Nesse momento, os médicos é quem têm a palavra final para utilização da Cloroquina. Espero que o próximo protocolo que saia do Ministério da Saúde tenha esse respaldo e dê garantia também para que os médicos e os estados possam analisar da melhor maneira possível”, concluiu.
Na entrevista o governador João Azevêdo também falou a respeito do enfrentamento da pandemia, como as medidas implantadas pelo governo estadual para diminuir a disseminação do novo coronavírus, também como a ajuda financeira da União para os estados e a necessidade da ampliação do auxílio emergencial pago pelo Governo Federal. O programa Visão CNN também teve a participação do governador do Maranhão, Flávio Dino.