Após reunião entre pesquisadores do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Etnias e Economia Solidária da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com representantes da gestão escolar dos 12 municípios do Vale do Mamanguape, ficou acatada a decisão de que, diante da pandemia da Covid-19, as atividades escolares presenciais no Litoral Norte paraibano, devem acontecer apenas em 2021.
Os pesquisadores da UFPB evidenciaram que as escolas públicas terão de continuar com atividades de ensino remoto, ao menos, até o final deste ano.
“O grupo construiu justificativas, de maneira unificada, para a continuidade do ensino remoto e o retorno às aulas presenciais só em 2021. Isto será possível após serem cumpridas as exigências de adequação dos ambientes escolares e concretizados os protocolos para todas as atividades que dizem respeito ao processo educativo”, explicou o coordenador do grupo da UFPB, professor Paulo Palhano.
De acordo com os dados divulgados pela equipe de pesquisadores, os gestores públicos devem criar um ambiente de segurança e proteção, antes de realizar atividades presenciais em escolas dos municípios.
“Desde o translado da localidade onde mora o educando até a presença na escola e o retorno da unidade escolar para a comunidade em que reside. É preciso criar um ambiente de segurança e proteção para os educandos, os educadores, os pais dos educandos, corpo de apoio pedagógico, gestores escolares e municipais”, destacou o professor da UFPB.
Paulo Palhano afirma que, diante do cenário complexo da pandemia causada pelo novo coronavírus, a conjuntura da região e das cidades brasileiras tem sido caracterizada pela crise na saúde, política, economia e na educação. Para ele, o momento é de adaptação e cuidados para evitar um colapso social.
“Os estudantes, famílias, escolas, educadores e gestores passam por uma adaptação para processos educacionais midiatizados e de ensino remoto. Há um problema sério de saúde e sanidade pública. E se houver a ausência de comando na área de saúde e educação, teremos um colapso na sociedade”, contou o professor.