Valério Vasconcelos fala sobre influências literárias e anuncia nova obra

No Dia Nacional do Escritor, cardiologista e autor paraibano diz que livros são passaporte para o mundo.

Valério Vasconcelos - Foto: Rizemberg Felipe
Valério Vasconcelos – Foto: Rizemberg Felipe

Autor de livros técnicos que figuram no cenário nacional, como “Eletrocardiograma simples” (do qual é um dos editores e escritores) e o “Manual de Cardiologia para Graduação” o cardiologista e pesquisador Valério Vasconcelos escreveu em 2020 duas obras literárias e já está trabalhando em um novo projeto. Neste domingo, 25 de julho, é celebrado o Dia Nacional do Escritor, e aproveitamos para conversar com o autor paraibano sobre sua relação com as letras.

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Na infância vivida em Monteiro, na região do Cariri, dois livros marcaram a meninice do médico e pesquisador: “O meu pé de laranja lima”, de José Mauro de Vasconcelos, e “Os doze trabalhos de Hércules”, de Monteiro Lobato. Daí também veio a apreciação pelos autores brasileiros.

“Adoro a literatura brasileira, que é riquíssima! Aprendi desde os tempos da escola a gostar de grandes escritores, como José Lins do Rego, José Américo de Almeida, Machado de Assis, Augusto dos Anjos, Jorge Amado e Graciliano Ramos”, disse Valério Vasconcelos.

Tais livros lhe despertaram um interesse maior por autores clássicos, como Franz Kafka (O Processo), Victor Hugo (Os Miseráveis) e Émile Zola (Germinal). “E isso foi muito bom, pois exercitei a leitura a partir de bons livros, o que me ajudou a desenvolver não só a escrita como também o vocabulário, a visão de mundo, o conhecimento histórico, além de agregar um bom repertório cultural”, comentou.

Para Vasconcelos, a literatura também é uma espécie de passaporte para o mundo. “Esse tipo de leitura me fez entrar nas histórias e morar por uns tempos em outros mundos, outros cenários. Além disso, desenvolvi uma opinião mais crítica, com mais fundamentos, e principalmente criei um hábito de leitura, que foi essencial para o meu desenvolvimento intelectual”. Como principais influências literárias, ele aponta Camões, Homero, Virgílio, Shakespeare, Cervantes, Montaigne, Pascal, Flaubert, Balzac, Victor Hugo, Voltaire, Dickens e Schopenhauer, além de autores bíblicos.

NOVO LIVRO ABORDA INFÂNCIA

Mesmo com a rotina intensa de pesquisador e médico (é um dos principais cardiologistas da Paraíba), Valério Vasconcelos não deixa a literatura em segundo plano. E sempre encontra tempo para escrever; prática, aliás, fruto de muita disciplina aprendida com os pais. “Uso todo o tempo livre. Acho incrível uma pessoa dizer que não tem o que fazer”, comentou.

Neste momento, por exemplo, o tempo livre de Valério Vasconcelos é dedicado à produção de uma nova obra, que terá narrativa memorialista. Ainda sem título, o livro vai narrar fatos da infância do autor até os 15 anos de idade, quando morava em Monteiro, sua cidade natal. Enquanto escreve sobre os tempos de menino e adolescente, o médico também faz pesquisas sobre outra produção científica. Dessa vez, voltada para tratar de obesidade.

Poesia ou romance — Autor do romance “Paredes Brancas” e do livro de poemas “Sobre Amores e Amar”, Valério Vasconcelos não prefere um gênero a outro — na verdade, como escritor e leitor, deleita-se com os dois. E leva para o cotidiano a beleza da literatura. “Vivo a vida como um romance. Apaixonado e convicto pela vida, sou uma pessoa muito emotiva. Em minhas viagens, gosto de estar sempre acompanhado, de conhecer gente nova e fazer amizades. Ao ler um livro, me atenho às páginas que transbordam fortes emoções. Por isso, os romances e as poesias têm tudo a ver comigo! Além disso, sou filho de Monteiro, uma cidade rica de musicalidade e poesia”, afirmou.

Redação
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