Como se não bastasse o nosso atraso na elaboração de um cronograma para vacinação, ainda tem quem faça o jogo dúbio, rasteiro e de péssimo gosto para o momento.
É de invejar. Mais de 40 países já começaram a imunizar a população contra a Covid-19. Já aqui no Brasil, nas últimas 24 horas, chegamos ao total de 191.146 óbitos desde o início da pandemia.
E nós, o que esperamos do governo brasileiro? Que mostre para nação, que além de comprar a vacina e disponibilizar no SUS, acredite que ela também vai funcionar, mostre ser segura, que tem qualidade, eficácia e que vai fazer, inclusive, voltarmos ao “normal”.
À medida que Bolsonaro coloca em dúvida a segurança e a eficácia da vacina, ele faz com que nossa população fique insegura em recebê-la. Sinceramente, não é o que precisamos da maior autoridade do país. Na verdade, necessitamos de um consenso em busca da vacina. Líderes no mundo todo, além de tomar a vacina, registram para que possam dar autenticidade.
Quando o presidente coloca em cheque as vacinas, ele faz com que tenhamos vacina, e não tenhamos vacinação. Não adianta termos a vacina e a população não usá-la.
Só com a elevada adesão da população é que vamos ter o impacto necessário para a diminuição da Covid-19. Para isso, é prudente que nossos líderes acreditem na vacina e a recomendem.
A melhor vacina será aquela que vai chegar no braço do cidadão. Nós não podemos querer escolher qual é a vacina, pensando que a vacina do laboratório A, B, ou C é melhor, ou que nós possamos ter uma “ideologia” de vacina.
Vacina boa é aquela que salva e, com responsabilidade, seja liberada pela Anvisa e disponível em todo o Brasil. É isso o que precisamos entender. Principalmente, respeitar a fila definida pelo Ministério da Saúde. Quem esteja no último grupo, não queira passar à frente das pessoas idosas, dos funcionários da saúde.
Temos que ter responsabilidade social e, com seriedade, seguir um plano estratégico de imunização estabelecido pelas autoridades em saúde. Primeiro, sejamos organizados para sairmos quanto antes dessa pandemia. É preciso acreditar!