Pesquisa aponta desigualdade nas redes municipais de ensino

Estudo aponta que acesso dos estudantes à internet foi o principal desafio.

Pesquisa da Undime sobre Volta às Aulas aponta desigualdade no acesso a tecnologias entre as redes municipais de educação. Segundo o levantamento, 91,9% das redes respondentes completou o ano letivo de 2020 com atividades não presenciais. No entanto, dentre os recursos utilizados, os aplicativos especializados e as plataformas pedagógicas estão mais presentes em municípios maiores.

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A maioria das redes municipais concentrou as atividades em materiais impressos (95,3%) e orientações por WhatsApp (92,9%); mas também foram utilizadas videoaulas gravadas (61,3%), orientações online por aplicativos (54%), plataformas educacionais (22,5%), videoaulas online ao vivo (21,3%), aulas pela TV (4,1%) e pelo rádio (2,6%). Apenas 2,4% das redes não oferecem atividades remotas.

Nenhum ente federado tem responsabilidade única sobre o direito da educação, mas a União e os estados podem reduzir as desigualdades entre os municípios, já que possuem maior capacidade arrecadatória. No entanto, os repasses da União não têm sido suficientes.

O estudo também aponta que o acesso dos estudantes à internet foi o principal desafio enfrentado pelas redes, em 2020: 78,6% identificaram um grau de dificuldade entre médio e alto nesse quesito. Daí a importância de ampliar a conexão no País como a sanção do Projeto de Lei 3.477/2020.

Em segundo lugar está a adequação da infraestrutura das escolas públicas municipais, a qual 69,2% das redes classificaram como média e alta dificuldade. Outros desafios apontados pelas redes são planejamento pedagógico, acesso dos professores à internet, formação dos profissionais e trabalhadores em educação e reorganização do calendário letivo 2020 e 2021.

Durante o período do levantamento de dados (29 de janeiro e 21 de fevereiro), mais de 90% das redes disseram que pretendiam retornar as aulas entre janeiro e março de 2021, sendo 63,3% delas de forma não presencial; 26,3% de forma híbrida; 3,8% presencialmente e 6,6% ainda não tinha definido.

Segundo a pesquisa, em média, metade das redes respondentes ofereceu formações relacionas à Covid-19, em 2020. Os principais temas abordados foram protocolos de segurança sanitária nas escolas (77,9%); tecnologias para ensino remoto (74,1%) e acolhimento e competências socioemocionais (72,1%). No entanto, os dados evidenciam uma clara tendência positiva em favor das redes maiores.

Além disso, 93,5% das redes municipais já concluíram ou estão em processo de discussão dos protocolos de segurança. No entanto, entre os municípios com até 10 mil habitantes, apenas 30,3% das redes concluíram o processo; enquanto que em cidade com mais de 100 mil habitantes, o percentual sobe para 63,3%.

Redação
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