Parece um filme de terror, ou mesmo de guerra: 2.815 mortos pelo novo coronavírus nas últimas 24h no Brasil, de acordo com dados do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde). A média móvel de mortes continua subindo e chegou a 2.173 nos últimos sete dias, o 24º recorde consecutivo. Dados da Arpen (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais) mostram que a Covid-19 já é a maior causa isolada de mortes no país em 2021, e corresponde a 28% do total dos óbitos no ano.
Precisamos entender a situação atual. Estamos em uma guerra. Porém, já temos a arma que vencerá o inimigo, ou melhor dizendo, o vírus. Ela é a vacina. Nós venceremos a guerra. Nosso único objetivo, neste momento, é diminuir o número de mortos nas batalhas.
Para isso, o novo ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, pode entrar para história na sua passagem pela pasta, agindo da seguinte forma: apostando na vacina. Isto acontecerá quando o Ministério da Saúde acelerar o processo de vacinação em todas as regiões do país.
Outra preocupação do momento é a economia. Mas, parafraseando o ex-ministro Mandetta, “não existe saúde sem economia, e nem economia sem saúde”. Fato!
E assim como na guerra, muitas coisas deixam de funcionar como normalmente funcionavam. Empresas fecham, negócios surgem, nasce uma outra sociedade. Até a expectativa de vida muda. A expectativa de vida nos Estados Unidos, por exemplo, caiu de 78,8 para 77,8 anos em 2020 – segundo dados da universidade John Hopkins. Isso havia ocorrido em 1943, quando o mundo passava por outra guerra mundial.
Não há outra saída se não for pela vacina. A jogada de mestre será o ministro Queiroga convencer o presidente Bolsonaro. Já perdemos tempo demais. O mundo todo está em busca do imunizante.
Vacina, sim! A economia se reconstrói. A vida, não.