Minha quarentena de A a Z – por Sebastião Gerbase

a)

Acordar sempre cedinho
De Deus lodo me lembrar
O primeiro copo d’água
Para meu corpo hidratar
Higiene inicial
Depois vou para o quintal
E começo a exercitar.

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b)

Bem de leve não me canso
O tempo passa de pressa
Daluz me chama pra mesa
Eu acho que a hora é essa
Fui lá comi o que pude
Nos limites da saúde
Que a saúde é o que interessa.

c)

Cuido de tomar meu banho
Para revitalizar
Consulto na minha Agenda
O paço que devo dar
E Daluz com seu assédio:
Venha tomar seu remédio
Você tem se cuidar.

d)

De repente eu me lembrei
Que não cuidei do Jardim
Quem cuidava era ela
Mas eu avoquei pra mim
Vi que a mulher tem razão
Casa não é mole não
Trabalho nunca tem fim.

e)

Então vou para o jardim
Podo ali, podo acolá,
Abro a torneira de leve
Aguo o que é pra aguar
Em jardim sou amador
Mas eu faço com amor
E a nota a família dar.

f)

Fiz tudo isso e o relógio
Avisando que ainda é cedo
E vejam que eu produzi
É sério, não é brinquedo,
Seja eu, seja você,
Qualquer um pode fazer
Veja que não tem segredo.

g)

Guardo as poucas ferramentas
Que usei até então
Tomo banho, faço um lanche,
Bebo água, lavo as mãos,
E como válvula de escape
Abro o face e WhatsApp
Meios de comunicação.

h)

Humildemente aproveito
Quando estou inspirado
E ligo o computador
Pra mandar algum recado
Ou sério ou na brincadeira
Às vezes só de zoeira
Em prosa e verso rimado.

i)

Isso pra mim me distrai
Esqueço o que é doença
Já é quase meio dia
Chega Nena: Painho, bença!
Mas eu estou distraído
Desligado de moído
Nem noto a sua presença.

j)

Já ia até me esquecendo
Que hoje aqui tem almoço
Ela volta resmungando
E eu faço que não ouço
Porque ela é boazinha
E quando tá na cozinha
Se atola até o pescoço.

l)

Lavo as mãos, sento-me à mesa
A comida está gostosa
Eu procuro algum defeito
Pra Nena ficar nervosa
E Bethânia ali sentada
Na cozinha não faz nada
Lá num canto toda prosa.

m)

Mas é tudo uma beleza
Um ambiente de paz
Eu sou um cara feliz
O que tenho me satisfaz
Sou alegre e satisfeito
Levo a vida desse jeito
Deus fez e ninguém desfaz.

n)

Nisso eu olho no relógio
De treze horas já passa
Ligo uma televisão
Tudo que vejo é sem graça
Na minha rede adormeço
E é bom porque esqueço
Que aquilo só tem desgraça.

o)

Ocorre que eu não tenho
Hábito de dormir de dia
Em um instante me acordo
Fico naquela agonia
Só me aquieto quando vou
De novo ao computador
Fazer prosa e poesia.

p)

Passo uma aguinha nas mãos
Ensaboo bem direitinho
Faço um lanche, bebo água,
Sento lá no meu cantinho
E dano o pau a escrever
Como vocês podem ver
Eu escrevo até certinho.

q)

Quando estou fazendo isso
Vem um pouco de euforia
Fico escrevendo e curtindo
Por ser da minha autoria
Quanto mais tempo mais quero
E quando menos espero
Dou fé acabou-se o dia.

r)

Realizado eu me sinto
Vou tomar banho e jantar
Dou alguns telefonemas
A TV volto a ligar
A família aqui por perto
Esse carinho é por certo
Causa do meu bem estar.

s)

Sou tranquilo e comedido
Com o que está acontecendo
Não acredito na mídia
Que divulga distorcendo
Tudo isso vai passar
Eu prefiro descartar
Os excessos que estou vendo.

t)

Todo mundo fique em casa
Como já estamos ficando
Socialmente isolados
Resta saber até quando
Os pressentimentos meus
É esperar com fé em Deus
Pois ele está no comando.

u)

Unidos na Sua Fé
Chegaremos à vitória
Tudo isso há de passar
E virão dias de glória
Na minha concepção
Essa nossa provação
Vai marcar muito a história.

v)

Voltando ao de “A a Z”
Sobre a minha quarentena
O difícil é mais fácil
Quando a gente coordena
O dia já terminou
Eu ainda aqui estou
E acho que valeu a pena.

x)

Xingar, não xinguei ninguém
Falei só do que interessa
Ficar em casa é preciso
Por enquanto vamos nessa
Faça do jeito que eu fiz
Uma quarentena feliz
Menos risco e menos pressa.

z)

Zelar por nossa saúde
Depende muito da gente
A vida pertence a Deus
E nunca foi diferente
Termino o dia feliz
E tudo isso que hoje fiz
Repetirei novamente.

Sebastião Gerbase
Sebastião Gerbase
Conhecido carinhosamente como Basinho. Exerceu os cargos de Fiscal de Mercadorias em Trânsito, Fiscal de Estabelecimentos (hoje Auditor Fiscal), Conselheiro da AFRAFEP e coletor de importantes coletorias, a exemplo de Santa Rita, Cabedelo, Pilar e Mamanguape (duas vezes), onde se aposentou proporcionalmente. Formado em Direito desde 1985, Basinho é aquele grande amigo, “riotinguapense” (se considera de Rio Tinto e Mamanguape), que gosta muito de escrever e irá apresentar, neste blog, colunas sobre assuntos interessantes para toda comunidade.

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