O país vive mais um período eleitoral e, neste ano, serão eleitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Não temos escolha, por força do Código Eleitoral, todo brasileiro de 18 a 70 anos é obrigado a votar. O processo é simples, o eleitor é independente para pesquisar entre as propostas apresentadas e escolher a que mais se identifica. O voto é livre e secreto.
Porém, de modo geral, o brasileiro acredita que três coisas não se discutem: religião, futebol e política. Mito! Não entrando no mérito das outras duas, mas é de se imaginar: como um cidadão vai fazer uma escolha tão importante sem discutir política, sem analisar as propostas?
Não há muito segredo, de diversas maneiras a campanha eleitoral dos candidatos e partidos políticos chegam até o eleitor. Além da campanha paga em diversas mídias, o rádio e a tv exibem diariamente as propostas na chamada Propaganda Eleitoral Gratuita.
Seria simples, mas em tempos de redes sociais não é o que parece. A grande exposição na internet e a liberdade para publicação e interação que a rede proporciona acaba transformando a campanha eleitoral em um verdadeiro ringue virtual.
O espaço que o usuário teria para debater ideias e conhecer novas propostas virou lugar para ataques entre eleitores, entrando em cena o famoso discurso de ódio e intolerância.
Até que ponto vale a pena renunciar amizades, mesmo que nas redes, devido posicionamento político? Será que discutir (no sentido de dialogar sobre posições diferentes) em vez de “descurtir” não seria uma atitude mais inteligente?
Talvez o que falte nos eleitores é a noção de que o município é muito maior do que lado A, lado B e o jogo de interesses. É preciso entender que a diversidade de propostas em época de eleições é extremamente saudável para a democracia.
Em outro momento debateremos “o sistema político brasileiro”. Esse, sim, é bruto. É fato!