Covaxin: oposição cobra investigação sobre indícios de superfaturamento

De acordo com Gervásio, foi protocolado representação junto ao TCU solicitando auditoria sobre a compra de 20 milhões de doses da vacina pelo Ministério da Saúde.

O deputado federal Gervásio Maia (PSB) informou que a bancada da oposição na Câmara protocolou, nesta quarta-feira (23), representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando que seja instaurado procedimento de auditoria sobre a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde, com a devida autorização do presidente da República, Jair Bolsonaro. Ação semelhante deve ser apresentada também ao Ministério Público Federal.

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De acordo com o parlamentar, há fortes indícios de superfaturamento no contrato firmado com a empresa que intermediou a comercialização entre o governo brasileiro e o laboratório indiano.

“Bolsonaro ignorou 101 vezes a oferta da Pfizer pela metade do preço, mas comprou 20 milhões de doses da Covaxin 1.000% acima do valor de mercado. É preciso investigar urgente”, afirmou Gervásio.

De acordo informações divulgadas pela imprensa, a compra efetuada em fevereiro foi a mais cara entre todas a vacinas já adquiridas pelo Brasil com cada dose custando o equivalente a R$ 80,40. O valor supera em 1.000% o que havia sido oferecido inicialmente pelo próprio fabricante, em agosto de 2020: cerca de R$ 7,20, conforme consta em telegrama sigiloso obtido pela imprensa.

Na representação, os parlamentares pedem que seja averiguado se o gasto de R$ 1,6 bilhão dos cofres públicos – que foi o total empregado na compra da Covaxin. O documento destaca ainda que a empresa de medicamentos já está sendo investigada pelo Ministério Público do Distrito Federal por suposta fraude na aquisição de testes rápidos para detecção do novo coronavírus.

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