Ela ainda nem existe, mas já é alvo de disputa internacional. Além da já deflagrada disputa sanitária entre Estados Unidos e China, entram em campo também no desenvolvimento de uma vacina para o coronavírus o Reino Unido, a Alemanha e a França.
As previsões para a data de entrega de uma primeira vacina que proteja da Covid-19 variam muito: os mais otimistas dizem que é possível haver uma solução nos próximos meses, prazo que parece irreal comparado com o recorde atual de desenvolvimento de uma vacina pela ciência, que é de quatro anos.
Conforme pesquisa do G1, uma das pesquisas mais promissoras está sendo desenvolvida na Alemanha: os primeiros testes clínicos já foram aprovados. No Reino Unido, a Universidade de Oxford já tem vacinas para outras categorias de coronavírus, os que causam a SARS e a MERS, e seus cientistas já apresentaram um modelo que mostra eficácia em estudo pequeno com macacos.
Dos Estados Unidos veio à notícia que de que a empresa de biotecnologia Moderna obteve resultados “positivos preliminares” na fase inicial de ensaios clínicos de sua vacina contra o coronavírus. Segundo a empresa, a vacina produziu resposta imune em oito pacientes que a receberam.
E na China, o presidente Xi Jinping prometeu nesta segunda-feira (18) que o país terá uma vacina e irá compartilhar a solução para todo o mundo – e ainda doar mais US$ 2 bilhões para o enfrentamento da pandemia. A China, hoje, é quem está na frente na corrida pela vacina contra o coronavírus.
Aqui no Brasil, o secretário de Vigilância, do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, afirmou nesta quarta-feira (20) que a produção em massa de uma vacina contra à Covid-19 ocorreria em, pelo menos, dois anos. A afirmação foi dada pelo secretário para os deputados federais e senadores que compõem a comissão que acompanha as medidas relacionadas ao enfrentamento do novo coronavírus. Wanderson argumentou que seriam necessárias, pelo menos, 80 milhões de doses.