Essa semana Jair Bolsonaro revelou que sente forte pressão por ocupar o cargo de presidente da República, e disse que chora sozinho no banheiro devido às dificuldades da função. “Quantas vezes eu choro sozinho no banheiro em casa? Minha esposa nunca viu. Ela acha que eu sou o machão dos machões. Em parte acho que tem razão até”, declarou.
O presidente ainda reclamou das críticas que sofre e destacou que, ao contrário do tempo em que era deputado, todas as suas decisões afetam a vida das pessoas. “Eu não sou mais um deputado. Com todo respeito aos deputados, mas se ele errar um voto pode não influenciar em nada. Mas uma decisão minha mal tomada muita gente sofre, mexe na Bolsa, no dólar, no preço do combustível”, pontuou.
Convenhamos, o Brasil tem um presidente que, quando a coisa aperta, choraminga. Por quais motivos Bolsonaro tem chorado?
A panela do brasileiro está mais vazia. Famílias disputam o descarte de ossos com pedaços de carne numa tentativa de encher estômagos vazios. Atualmente, 19 milhões de brasileiros vivem em situação de insegurança alimentar. São famílias que passam o dia nas ruas sem saber se vão ter o que jantar, em virtude do aumento da cesta básica.
Falta comida na mesa do povo, o transporte está cada vez mais caro, e, em alguns estados, o gás de cozinha chega a R$ 120 e a gasolina já ultrapassa os R$ 7.
A carestia tem sido uma marca na vida das famílias, principalmente na vida dos mais pobres. O aumento de um sofrimento causado por uma pandemia e pela irresponsabilidade e descompromisso de um governo que demonstra não está nem aí para a vida das pessoas.
Uma política econômica desastrosa, causando um grave e crescente processo inflacionário, que provoca a fuga de capitais, diminui os investimentos externos no país, coloca o dólar nas alturas e desencadeia um profundo processo de desindustrialização.
Bolsonaro tem chorado um bocado. Não mais que o povo brasileiro.
