Bolsonaro ausente e a posse de Lula

Petista recebeu a faixa presidencial de uma catadora de lixo e é oficialmente presidente do Brasil.

O, agora, presidente Lula assumiu oficialmente o poder neste domingo (1º), em Brasília, no tradicional evento de posse do chefe do executivo. Esse será o seu terceiro mandato e o quinto mandato petista nas últimas seis eleições. Entre todas elas, essa foi, de longe, a mais conturbada e polarizada.

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O evento e os discursos de posse

Apesar dos shows terem começado pela manhã, os rituais oficiais da posse começaram apenas à tarde, com o desfile de Lula em carro aberto pela esplanada dos ministérios.

1ª parada: Congresso. Na casa do legislativo, Lula prestou juramento e fez seu primeiro discurso oficial como presidente, falando em defesa da democracia, assim como a necessidade de um Estado interventor, criticando o governo de Bolsonaro e trazendo alguns pontos mais técnicos. Aqui estão alguns deles:

  • Papel fundamental que as estatais terão em seu governo;
  • Consumo popular com papel central para a “economia voltar a girar”;
  • Acabar (“mais uma vez”) com as filas do INSS;
  • Revogação do decreto de Bolsonaro sobre armas;
  • Acabar com o teto de gastos;
  • Diálogo sobre “nova legislação trabalhista”;
  • Alcançar o desmatamento zero;

2ª parada: Palácio do Planalto. Lula subiu a rampa de mãos dadas com representantes de diferentes grupos da sociedade — indígenas, deficientes, idosos e negros —, destacando um tom de diversidade e inclusão.

A faixa presidencial verde e amarela, que, a princípio, seria passada por Bolsonaro, foi entregue por uma catadora de lixo negra.

Com a faixa, Lula fez mais um longo discurso. Dessa vez, falando diretamente para milhares de pessoas, trouxe um tom mais emocional.

Ele começou agradecendo seus apoiadores, mas afirmou que vai governar para todos. Além disso, emocionou-se ao falar em desigualdades, colocando como objetivo acabar com a fome, além de melhorar direito das mulheres e de negros.

Bolsonaro ausente ✈️

O, agora, ex-presidente viajou para os Estados Unidos na sexta-feira (30), e deve ficar lá durante todo o mês de janeiro, pelo menos.

Com isso, ele foi o primeiro a não realizar o ritual simbólico de passagem da faixa para o novo presidente desde a redemocratização — reflexo da tamanha polarização do cenário político.

Na sexta, antes de viajar, ele fez uma última live, em tom de despedida. Apesar de lamentar a entrada do governo petista, falou que “o mundo não vai acabar no dia 1° de janeiro”.

Redação
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