Autonomia para Queiroga – por Lenilson Balla

A pandemia exige autonomia. Se não tiver, será só mais um.

Se tem uma coisa que o brasileiro sensato espera, neste momento, do novo Ministro da Saúde é autonomia. Já está mais que provado que a política pública de saúde no governo Bolsonaro, especificamente neste período de pandemia, não funcionou.

- Publicidade -[adning id="2114"]

Foram quatro ministros em pouco mais de um ano. Esse tipo de coisa só acontece mesmo no Brasil. E pior, em meio a uma das maiores crises sanitárias e econômicas dos últimos 50 anos. É bem verdade que, ninguém estava preparado, uma vez que não se esperava por isso.

O conterrâneo Marcelo Queiroga terá um desafio enorme pela frente. Ele não pode ser o filme “Pazuello II – a missão”. De perfil técnico, ocupa a presidência da Sociedade Brasileira de Cardiologia e integrou a equipe de transição do governo, dando apoio na área da saúde.

O médico defendeu, nesta terça-feira, o uso de máscara e a higienização das mãos como medidas preventivas simples, que podem evitar a paralisação da economia do país. Também pediu “união da nação”. Disse ainda que quer trabalhar “em parceria” com secretários estaduais e municipais.

Marcelo já tinha demonstrado ter um bom trânsito no governo, mesmo antes de ser anunciado como ministro. Ele agrada não só a Bolsonaro como também à militância do presidente nas redes sociais. Detalhe: mesmo defendendo o isolamento social.

Em dezembro do ano passado, o médico paraibano foi indicado por Bolsonaro para ser um dos diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Marcelo Queiroga tem currículo, tem boa vontade. Fica a nossa torcida pelo desempenho de um bom trabalho. Espero que não queime as expectativas. A pandemia exige autonomia. Se não tiver, será só mais um.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Veja também

- Publicidade -