Se tem uma coisa que o brasileiro sensato espera, neste momento, do novo Ministro da Saúde é autonomia. Já está mais que provado que a política pública de saúde no governo Bolsonaro, especificamente neste período de pandemia, não funcionou.
Foram quatro ministros em pouco mais de um ano. Esse tipo de coisa só acontece mesmo no Brasil. E pior, em meio a uma das maiores crises sanitárias e econômicas dos últimos 50 anos. É bem verdade que, ninguém estava preparado, uma vez que não se esperava por isso.
O conterrâneo Marcelo Queiroga terá um desafio enorme pela frente. Ele não pode ser o filme “Pazuello II – a missão”. De perfil técnico, ocupa a presidência da Sociedade Brasileira de Cardiologia e integrou a equipe de transição do governo, dando apoio na área da saúde.
O médico defendeu, nesta terça-feira, o uso de máscara e a higienização das mãos como medidas preventivas simples, que podem evitar a paralisação da economia do país. Também pediu “união da nação”. Disse ainda que quer trabalhar “em parceria” com secretários estaduais e municipais.
Marcelo já tinha demonstrado ter um bom trânsito no governo, mesmo antes de ser anunciado como ministro. Ele agrada não só a Bolsonaro como também à militância do presidente nas redes sociais. Detalhe: mesmo defendendo o isolamento social.
Em dezembro do ano passado, o médico paraibano foi indicado por Bolsonaro para ser um dos diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Marcelo Queiroga tem currículo, tem boa vontade. Fica a nossa torcida pelo desempenho de um bom trabalho. Espero que não queime as expectativas. A pandemia exige autonomia. Se não tiver, será só mais um.