No último fim de semana o Brasil atingiu a triste marca de 500 mil mortes pela Covid-19. Em 16 meses de pandemia, vidas foram perdidas, algumas famílias inteiras dizimadas. Um registro angustiante que só cresce.
Agora, enquanto você ler esse texto, milhões de pessoas lidam com os sintomas da contaminação. Ontem (22), o país anotou mais 2.080 óbitos nas últimas 24 horas, totalizando 504.897 desde o início da pandemia.
A primeira morte confirmada pela doença foi em março de 2020. Se não houvesse incentivo à aglomeração, deboche em relação ao isolamento social e ao uso de máscara, esse número seria menor.
Infelizmente, a estratégia é replicada por gestores e lideranças Brasil afora, figuras públicas e privadas. Isso precisa ser dito. E precisa ser repetido, à exaustão. Muita coisa poderia ter sido evitada. Quem diz isso é a ciência.
Lamentavelmente, o Brasil é segundo no mundo a ter pouco mais de meio milhão de mortes provocadas pela doença. Basta comparar com outros países, para perceber que a gestão pública faz diferença no número de infectados e mortos: 25% das mortes pela Covid-19 no planeta ocorrem no Brasil.
Na Paraíba, até ontem, 8.433 pessoas morreram em decorrência de complicações provocadas pelo novo coronavírus (Covid-19). Foram 22 novos óbitos confirmados nas últimas horas.
É inevitável não dizer que o recente aumento dos óbitos diários confirma a chegada de uma terceira onda. O que mais impressiona é o quanto essa realidade é negada por tantas pessoas, que seguem agindo como se tudo não passasse de fatalidade.
A campanha de vacinação no Brasil começou tarde, em meados de janeiro, e somente 31% da população recebeu pelo menos uma dose, enquanto 11,57% está totalmente vacinada. Isso é fato.
A história da pandemia é a história de quem perdemos. Do hospital muitos telefonaram pela última vez para as pessoas que mais amavam e nunca mais voltaram para casa. Entender como chegamos até aqui é um desafio histórico.
A indiferença mata. Está nos matando. Acreditar na vacina é uma forma de sobreviver sem enlouquecer diante da tristeza e do horror da perda de mais de duas mil vidas, diariamente. Eu acredito…