À CNN, João aponta falta de liderança de Bolsonaro na pandemia

O governador da Paraíba comentou a relação com o governo federal e, o que acha do posicionamento do presidente.

João Azevêdo participou do ‘Debate 360’, da CNN Brasil, nesta segunda (11) (Foto: Reprodução)

Em participação no ‘Debate 360’, da CNN Brasil, nesta segunda-feira (11), o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), comentou a relação com o governo federal e o que acha do posicionamento de Jair Bolsonaro no enfrentamento da Covid-19. Para João, falta coordenação política do presidente na pandemia.

- Publicidade -

“Importante entender que na mudança da equipe do ministério, criou-se um vácuo, a logística que estava sendo implementada para a compra de equipamentos, foi suspensa. Faltou um discurso de liderança. Os estados estão à mercê da sua própria sorte, com o mercado elevando preço dos equipamentos. Temos uma crise política, crise de falta de liderança para conduzir todo esse processo”, afirmou Azevêdo.

João Azevêdo alegou que não é possível flexibilizar as medidas de distanciamento social, e que a Paraíba vai seguir endurecendo as regras de isolamento para conter a contaminação no novo vírus. Ele afirmou que os números de infectados no estado estão subindo e, teme pelo colapso na saúde.

“Tenho uma leitura que só será possível flexibilizar quando tivermos casos diminuindo, quando tivermos um número de leitos que ofereça essa garantia, principalmente de UTI. Quando você pega no estado como todo, temos apenas 55% dos leitos ocupados, mas para leito de UTI, já sobe para 65%, 70%. Só vai aumentando o número de casos e o número de óbitos, então seria uma imprudência da nossa parte acharmos que poderemos flexibilizar alguma coisa”, disse.

Azevêdo, porém, não acredita que o método ‘lockdown’ funcione no Brasil. “O lockdown como foi implementado em muitos países na Europa, não funciona no Brasil, precisaríamos mobiliar toda uma estrutura para que isso fosse possível”, alegou.

Defendendo um isolamento social cada vez mais rígido, se houver necessidade, o governador da Paraíba não descartou novas medidas restritivas se continuarem aumentando os casos e diminuindo o número de leitos.

“Estamos subindo uma ladeira, quando estivermos descendo a ladeira, aí poderemos flexibilizar. Existe um índice muito baixo de isolamento social, está faltando consciência coletiva. Uma doença que não tem vacina, nem tratamento, o melhor remédio é o isolamento. Só assim conseguiremos fazer o achatamento da curva, para que o sistema de saúde não entre em colapso”, acrescentou Azevêdo.

Redação
Redação
Informar, escutar, interagir, debater, denunciar e prestar serviço à sociedade do Vale do Mamanguape e da Paraíba são especialidades do blog.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Veja também

- Publicidade -