O Brasil está entre os países onde se tem um dos Parlamentos mais caros do mundo. Durante a semana, o município de Marcação foi surpreendido com uma decisão da Câmara Municipal: recesso parlamentar antecipado.
A cidade conta com nove vereadores e um orçamento estimado em pouco mais de R$ 800 mil anuais. Segundo o Sistema Sagres do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, até o mês de setembro, o legislativo municipal recebeu mais de R$ 600 mil. Em Marcação cada parlamentar custa aos cofres públicos R$ 3,5 mil por mês.
A missão do parlamentar mirim é fiscalizar, apresentar requerimentos e formular projetos de lei que possam mudar a realidade e qualidade de vida dos munícipes.
Em mensagens vazadas para imprensa de um grupo de WhatsApp, o presidente Giovane Lima (Cidadania) informa que, “se algum vereador necessitar apresentar requerimento ou projeto, como também o Poder Executivo, os parlamentares voltam a se reunir”. Neste caso, o senso crítico para desempenhar um trabalho criativo, passa longe.
É uma pena que parte da população brasileira não tenha o mesmo privilégio que os vereadores de Marcação, que podem desfrutar de férias antecipadas. O recesso antecipado revela um parlamento fraco e de baixa produção.