A Paraíba tem oito candidatos ao Governo do Estado nas Eleições 2022. A lista de concorrentes foi fechada nessa segunda-feira (15), prazo final para registros no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A votação acontece no dia 2 de outubro. Caso haja necessidade de 2º turno, os eleitores voltam às urnas em 30 de outubro. As informações são do Portal Correio.
Adjany Simplicio (PSOL)
Adjany Simplicio, natural do Rio Grande do Norte, é pedagoga. Especialista em Educação em Direitos Humanos, ela atua como professora da Educação Básica desde 2007, quando iniciou militância pelo ensino público de qualidade.
Adjany Simplicio foi candidata a vice-governadora em 2018 e a vereadora de João Pessoa em 2020. Atualmente, ocupa a presidência do Diretório Estadual do PSOL, partido ao qual é filiada desde 2016.
A candidata do PSOL defende maior presença de mulheres em cargos políticos e de liderança e a construção de políticas públicas que promovam equidade e justiça social para elas. Adjany Simplício também tem como foco o avanço no combate a violência e violações dos direitos da população negra e LGBTQIA+.
A professora aponta, ainda, as áreas de Educação e Cultura como prioridades em um eventual governo.
Adriano Trajano (PCO)
Adriano Trajano da Conceição é natural de Campina Grande e tem 49 anos. Ele é comerciante, com ensino fundamental completo.
A primeira vez que participou das eleições foi em 2020, pelo mesmo partido, tentando uma vaga de vereador na Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG), mas não foi eleito.
Trajano defende a união da classe operária, estabilidade dos servidores públicos, revogação de reformas implementadas por governos anteriores e políticas sociais e econômicas baseadas no socialismo.
Antônio Nascimento (PSTU)
O rodoviário Antônio Nascimento é o candidato do PSTU para o Governo da Paraíba. Ele tem 47 anos, nasceu em Belém, no Brejo Paraibano, e está em João Pessoa há 25 anos. Casado com três filhos, ele atuou em várias áreas e se firmou na categoria dos rodoviários. Formou-se em Biblioteconomia.
É uma liderança da oposição rodoviária da Paraíba que busca garantir os direitos da categoria. Ele atua na construção da CSP-Conlutas com a oposição rodoviária do estado e o coletivo dos trabalhadores do transporte em todo o país.
Antônio compõe o Polo Socialista Revolucionário, que, segundo o PSTU, faz oposição a Jair Bolsonaro e também a opositores do presidente que não divergem do sistema político atual.
João Azevêdo (PSB)
João Azevêdo Lins Filho, natural de João Pessoa, é engenheiro civil e professor aposentado do Instituto Federal da Paraíba (IFPB). Atual governador da Paraíba, ele foi eleito em 2018 no 1º turno, com mais de 1,1 milhão de votos, o que representou 58,18% dos votos válidos. Na época, ele era filiado ao PSB, partido do então governador Ricardo Coutinho.
João e Ricardo romperam politicamente devido à Operação Calvário e o novo chefe do Executivo estadual migrou para o Cidadania no fim de janeiro de 2020. Poucos meses após a ida de Ricardo Coutinho para o Partido dos Trabalhadores (PT), João Azevêdo anunciou retorno ao PSB.
João Azevêdo falou que, no eventual segundo mandato, resolverá pendências e destacou que uma delas é com o setor de segurança pública. Ele citou a proposta de reajuste que fez à categoria e lembrou o cumprimento de planejamentos da campanha de 2018 com outras categorias como a Defensoria Pública.
João Azevêdo falou também sobre os desafios da pandemia e as melhorias no sistema de saúde no período.
Major Fábio (PRTB)
Fábio Rodrigues de Oliveira, natural de Recife, Pernambuco, é major reformado da Polícia Militar da Paraíba. Ingressou na política em 2006, quando concorreu a deputado federal pelo Partido da Frente Liberal (PFL) — atual Democratas (DEM). Ficou na suplência e assumiu o mandato por duas vezes em 2008. A primeira, entre março e junho, em razão da renúncia de Ronaldo Cunha Lima e da licença de Rômulo Gouveia. Depois, em dezembro, assumiu definitivamente o cargo, devido à cassação de Walter Brito Neto (PRB).
Em 2010, tentou a reeleição pelo DEM, mas novamente ficou na suplência. Em julho de 2012, assumiu a cadeira deixada por Romero Rodrigues (PSDB) — licenciado para disputar as Eleições Municipais de Campina Grande — e permaneceu no cargo até o fim da legislatura. Na Câmara Federal, atuou nas Comissões Permanentes de Relações Exteriores e da Defesa Nacional; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Educação.
Em 2014, major Fábio foi candidato ao Governo da Paraíba pelo PROS, e, em 2018, a deputado federal pelo Progressistas. Ambas as campanhas não tiveram êxito. Ele retorna ao cenário político em 2022 com a promessa de um mandato voltado para diminuição dos índices de criminalidade; interiorização da Saúde; modernização do Estado; desburocratização e valorização salarial no serviço público; educação bilíngue, integral e tecnológica; redução da carga tributária; e fomento ao empreendedorismo e uso de energias renováveis.
Nilvan Ferreira (PL)
Nilvan Ferreira do Nascimento, natural de Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, é radialista e apresentador de TV. Foi engraxate, músico e participou do movimento estudantil. Mudou-se em 2008 para João Pessoa, onde conquistou popularidade.
Nilvan fez sua estreia na política nas Eleições 2020, quando concorreu ao cargo de prefeito da Capital pelo MDB. Alcançou o 2º turno, mas acabou perdendo a disputa para Cícero Lucena (PP). Nilvan Ferreira deixou o MDB e chegou a assumir a presidência estadual do PTB, mas, no fim de março deste ano, optou por migrar para o PL.
Nilvan definiu a saúde, recuperação econômica e segurança pública como os principais eixos de uma possível gestão dele à frente do Governo. Ele também citou a necessidade de recuperação salarial das forças policiais e tratou sobre economia.
O comunicador também defendeu o que chamou de mudança de ciclo no governo. Ele disse que a Paraíba está há 12 anos sob domínio de um mesmo grupo político e apontou a necessidade de um novo estilo de governança do Estado.
Pedro Cunha Lima (PSDB)
Pedro Oliveira Cunha Lima, natural de Campina Grande, no Agreste do estado, é advogado. Membro de uma das famílias mais tradicionais da política paraibana, ele foi eleito pela primeira vez em 2014, como deputado federal. Em 2018, conquistou o segundo mandato legislativo.
Inicialmente, a expectativa do PSDB era de que o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, representasse a chapa majoritária, mas o gestor acabou declinando do convite e ‘obrigando’ Pedro Cunha Lima a assumir a missão.
Pedro defende o fim de privilégios para o cargo de governador e considera “bizarro” o orçamento de mais de R$ 300 milhões para Assembleia Legislativa. Ele comparou o orçamento da ALPB com o da Universidade Estadual da Paraíba e da Polícia Militar e disse que a defesa dos gastos com os deputados não se sustenta. Ele acredita que pode convencer parlamentares e candidatos ao Legislativo a dar um ‘reset’ na máquina pública.
Pedro ressaltou que faz parte de uma nova geração e que tem olhar sobre a política totalmente diferente do que tinha o avô, Ronaldo Cunha Lima, e o pai, Cássio.
Veneziano Vital do Rêgo (MDB)
Veneziano Vital do Rêgo Segundo Neto, natural de Campina Grande, é advogado. Atual senador, ele ingressou na carreira política em 1992, como candidato a vereador pelo PST, mas só foi eleito no pleito seguinte, em 1996, pelo PDT.
Em 2000, foi reeleito para a Câmara. Quatro anos depois, no MDB, derrotou Rômulo Gouveia no 2º turno e tornou-se prefeito de Campina Grande. Veneziano foi reeleito gestor municipal em 2008. Em 2014, foi o segundo político mais votado da Paraíba para o cargo de deputado federal e, em 2018, pelo PSB, foi eleito senador para mandato com validade até 2026.
Veneziano retornou ao MDB no ano passado, assumindo a presidência estadual do partido. Para as Eleições 2022, ele terá apoio do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), que disputará vaga no Senado, e do ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, candidato a deputado estadual.
Veneziano Vital do Rêgo disse que, em um eventual mandato de governador, trabalharia para tornar a Paraíba mais competitiva, buscando investimentos para tirar o estado da antepenúltima posição no ranking do Produto Interno Bruto (PIB). Ele também citou como prioridades a segurança hídrica, segurança pública e a construção de um Hospital de Emergência e Trauma no Sertão.