Imagens do JN desta sexta-feira (15) são incríveis. A capital do Amazonas está expondo ao Brasil e ao mundo as consequências do descontrole da pandemia do coronavírus. Os hospitais de Manaus racionando um produto básico, vital, o oxigênio, e cidadãos com parentes internados fazem fila para comprar o próprio cilindro. E isso significa enfrentar um cenário de gente aglomerada numa disputa por cilindros de oxigênio. Cada cilindro tem nome e uma vida a ser salva.
O problema vai além do oxigênio. À GloboNews, o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Amazonas, Sandro André, disse que também faltam equipamentos. “Faltam monitores, faltam oxímetros, faltam ventiladores, os serviços de pronto-atendimento, que são os SPAs, estão superlotados”, contou.
A Secretaria de Saúde do Amazonas afirmou que trabalha com apoio do governo federal no transporte de oxigênio para as unidades de saúde em Manaus. A Força Aérea já levou para a cidade 386 cilindros de oxigênio. A secretaria só não informou quanto tempo deve durar essa remessa de oxigênio.
O governo do estado chegou a cogitar a transferência de 61 bebês prematuros que estão em UTIs. Mas o Ministério da Saúde encaminhou cilindros extras de oxigênio para atender a esses bebês. Essa ajuda deve durar só por mais 48 horas. O governo do Amazonas afirmou que vai continuar monitorando a situação dos bebês e tentando conseguir mais oxigênio para que os prematuros não precisem de transferência para outros estados.