PF investiga explosões em Brasília como ato terrorista

Grupos extremistas estão ativos, disse diretor-geral da corporação.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, disse nesta quinta-feira (14) que as explosões registradas na noite de quarta-feira (13) em Brasília não representam “fato isolado” e que a unidade de investigação antiterrorismo da corporação já foi acionada para auxiliar nos trabalhos.

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“Quero, inicialmente, fazer um registro da gravidade dessa situação que enfrentamos ontem. Tudo isso aponta que esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica – não só a Polícia Federal, mas todo o sistema de Justiça criminal”, disse.

“Entendemos que esse episódio de ontem não é um fato isolado, mas conectado com várias outras ações que, inclusive, a Polícia Federal tem investigado em período recente”, completou o diretor.

A Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) devem assumir as investigações – a cargo, inicialmente, da Polícia Civil do Distrito Federal.

O que sabe sobre o caso:

  • Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, disparou uma série de artefatos na área em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) – e morreu no local, em seguida, após ser atingido por uma das explosões.
  • O corpo só foi retirado do local na manhã desta quinta, 13 horas após as detonações. Até o fim da manhã, policiais ainda detonavam artefatos e pacotes suspeitos encontrados em um trailer próximo à Esplanada dos Ministérios e na casa alugada pelo homem no DF.
  • O homem, morador de Santa Catarina, estava já há alguns meses em uma casa alugada em Ceilândia, no Distrito Federal.
  • Andrei Rodrigues afirmou que a PF está analisando os materiais encontrados durante a investigação e, sem dar detalhes, disse que foi encontrada uma “caixa” durante a apuração.
  • Segundo o diretor da PF, as bombas eram de fabricação artesanal, mas de “alto grau de lesividade”.
  • Andrei afirmou que Francisco Wanderley portava um extintor carregado com gasolina, simulando um lança-chamas. “Reitera a gravidade da situação que encontramos”, afirmou.
  • No porta-malas do veículo de Francisco, havia vários fogos de artifício montados sobre uma estrutura de tijolos com o objetivo de “canalizar” a explosão para uma única direção.
  • Também foi localizado um trailer que teria sido alugado há alguns meses e estava estacionado nas proximidades do STF, o que, na avaliação dos investigadores, aponta que a ação foi planejada em médio ou longo prazo.
Redação
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