PB tem mais de meio milhão de analfabetos; taxa foi a 2ª maior do país em 2019

Pedro Cunha Lima reforça necessidade de enfrentamento da ‘corrupção de prioridades’.

Pedro Cunha Lima é presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados – Foto: Divulgação

O presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Pedro Cunha Lima (PSDB), afirmou que o Brasil tem um longo período a percorrer no que se refere a acesso e qualidade da educação. Ele destacou que a aprovação do Novo Fundeb será um passo importante, mas lembrou que as desigualdades e falta de investimento no que é prioritário são seculares.

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“Temos 11 milhões de analfabetos no Brasil, sendo mais de meio milhão na Paraíba. É preciso promover o enfrentamento da corrupção de prioridades (expressão do professor Cristovam Buarque) – corrupção que não põe dinheiro no bolso, mas tira dinheiro de uma obra ou ação prioritária, que serve ao povo e que vai beneficiar o futuro”, disse o parlamentar.

O Módulo de Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgado pelo IBGE, mostra que a Paraíba tem uma taxa de analfabetismo estável nos últimos quatro anos, sendo a 2ª maior do país no ano de 2019 com uma média de 16.1%. A taxa de analfabetismo no Brasil passou de 6,8%, em 2018, para 6,6%, em 2019. Apesar da queda, que representa cerca de 200 mil pessoas, o Brasil tem ainda 11 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais.

Para Pedro, esses dados reforçam a necessidade de centrar esforços conjuntos para instituir ações que fortaleçam o ensino, a valorização dos professores, a melhoria no acesso às escolas e as estratégias de combate a evasão escolar.

Os dados do levantamento do IBGE mostram que a maioria dos estudantes paraibanos integrava, no ano da pesquisa, o sistema educacional público, desde a creche e pré-escola (66,3%), com aproximadamente 110 mil crianças; passando pelo ensino fundamental (77,6%), com 456 mil alunos; até o médio.

De acordo com a pesquisa, a taxa paraibana, que em 2018 era a 4ª maior do país,em 2019, só foi menor do que a observada em Alagoas, de 17,1%, além de ter ficado quase 10 pontos percentuais acima da média brasileira (6,6%) e ter sido maior do que a observada na região Nordeste (13,9%). Na comparação com o início da série, em 2016, quando o indicador era de 16,3%, e com o registrado em 2018, de 16,1%, o percentual permaneceu estável.

No ano pesquisado, havia cerca de 508 mil pessoas analfabetas no estado, com uma taxa maior entre homens, de 19%, enquanto no grupo feminino essa proporção era de 13,5%. O mesmo cenário de diferença foi observado nacionalmente, mas em menor escala, com taxa de analfabetismo masculina de 6,9%, e de 6,3% entre as mulheres.

A pesquisa indicou ainda que a taxa de analfabetismo era maior entre pessoas pretas e pardas(18%), do que entre brancas (12,2%). A mesma disparidade foi observada na média nacional – com taxas de 8,9% para o primeiro grupo e de 3,6% para o segundo – e regional, com proporções de 15% e 10,4%, respectivamente.

Redação
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