É difícil de acreditar, mas é verdade. Morreu na tarde desta sexta-feira (5), uma das maiores cantoras da música brasileira, Marília Mendonça, de 26 anos, conhecida como a rainha da sofrência. A morte da artista deixou o país de luto.
Ela estava em um avião bimotor que caiu no estado de Minas Gerais. Outras quatro pessoas morreram no acidente: o piloto, o copiloto, um produtor e um tio da cantora.
Com doçura de menina e força de uma mulher determinada, Marília sabia traduzir como ninguém sentimentos em música. Em 2019, fez o último show do Maior São João do Mundo, em Campina Grande, antes da pandemia.
Sucesso estrondoso em todas as mídias e plataformas, ela extrapolou o significado do que é ser popular. Na política, em 2018, feminista que era, participou da campanha #EleNão, contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na época, revelou que sofreu ameaças.
Vivendo com intensidade seu melhor momento da carreira, Marília Mendonça adorava visitar a Paraíba, chegou a comemorar um dos seus aniversários em João Pessoa. Ainda em 2018, a cantora se apresentou de graça no Ponto de Cem Réis, como parte do projeto Todos os Cantos.
De voz forte e grave, tão jovem e brilhante, entusiasta da valorização do sexo feminino e exaltação do amor-próprio, Marília deixa uma enorme contribuição para música. Foi uma desbravadora do sertanejo, ambiente dominado pelos homens. Ela ecoava sentimentos, que podia ser de todos e todas, por falar de amor e paixões fugazes.