O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou nesta quinta-feira (24) que a proposta para acelerar a votação da anistia aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro deve ser mais discutida entre líderes e ainda não entrará na pauta de votações da próxima semana.
“Se foi decidido pelo adiamento da pauta desse requerimento de urgência. Por que esse adiamento foi a decisão? Porque líderes que representam mais de 400 parlamentares na Casa decidiram que o tema não deveria entrar na pauta da próxima semana”, afirmou.
Aos jornalistas, Motta ainda classificou como “exageradas” algumas das penas aplicadas aos envolvidos nos atos extremistas, e disse que a decisão não vai impedir uma análise futura da anistia. “Nós vamos seguir dialogando. Os partidos que defenderam o adiamento da pauta e partidos que são convictamente contra a pauta também se dispuseram a dialogar”, afirmou.
Apenas dois partidos que participaram da reunião reforçaram o pedido para que a urgência — que acelera etapas de análise, podendo levar o projeto direto ao plenário — quisesse a votação ainda em abril. Os que acabaram sem serem atendidos foram o PL e o Novo.
A intenção dos parlamentares é avançar nas discussões antes de levar o pedido para votação. Após a reunião, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ) prometeu uma nova obstrução para pressionar pela urgência da anistia do 8 de janeiro.