A Escola Municipal de Ensino Fundamental Antônio Azevedo, localizada em Baía da Traição, no Litoral Norte da Paraíba, conquistou um feito para lá de significativo ao vencer a nona edição do Prêmio Territórios Tomie Ohtake com o projeto ‘Super Atletas’. Essa iniciativa, que começou em 2019, visa inserir e fortalecer o paradesporto entre o povo potiguara, promovendo a inclusão de pessoas com deficiência em modalidades esportivas e destacando o potencial da comunidade indígena para o esporte. Esse, inclusive, é o segundo ano consecutivo com êxito paraibano. No ano passado, a Escola Indígena Cacique Domingos, em Rio Tinto, também foi contemplada com essa conquista.
O projeto Super Atletas atua diretamente com três modalidades: atletismo paralímpico, badminton paralímpico e bocha. Apesar de o trabalho ter sido inicialmente focado nessas atividades, a escola já estuda expandir o leque de opções a partir de 2025. O objetivo é aumentar a participação do povo potiguara da região com deficiência em eventos esportivos, levando a representatividade paraibana para competições de destaque.
Reconhecimento e próximos passos
O Prêmio Territórios Tomie Ohtake, que selecionou a Escola Antônio Azevedo entre 216 concorrentes, será entregue no dia 14 de dezembro, em São Paulo. Como parte do reconhecimento, o projeto receberá R$ 8.500 para seu desenvolvimento, além de apoio na produção de um minidocumentário, uma bolsa de graduação pela Estácio, e a participação em encontros formativos promovidos pelo Instituto Tomie Ohtake.
A médio e longo prazo, o projeto Super Atletas visa consolidar Baía da Traição como um centro de referência no paradesporto. O sonho é formar atletas de alto rendimento e colocar a Paraíba entre os três primeiros colocados nas Paralimpíadas Escolares Brasileiras, solidificando o estado no cenário nacional do esporte paralímpico.
O reconhecimento pelo Prêmio Territórios Tomie Ohtake é também um passo importante na trajetória de inclusão, visibilidade e oportunidades para a comunidade potiguara e paraibana, que visa crescer e aparecer cada vez mais no cenário do paradesporto.
Por Vitor Oliveira, Arena Correio.