O Ministério da Defesa enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relatório das Forças Armadas sobre as eleições e o sistema eletrônico de votação. O extenso documento — de 63 páginas —, é bem técnico e traz observações sobre o processo eleitoral.
Quais foram as conclusões?
- O documento afirmou que os boletins de urna impressos — papéis gerados em cada urna com o resultado da seção — e os dados do Tribunal estão batendo;
- Citou possíveis vulnerabilidades e relatou que o órgão não recebeu total abertura do TSE para a implantação de mudanças práticas;
- O relatório também disse “não ser possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”.
- Por fim, reforçou que, durante o teste de integridade das urnas, não foram verificadas anomalias.
A relevância: Há mais de uma semana, apoiadores de Bolsonaro têm se reunido em frente aos quartéis para pedir uma intervenção das Forças Armadas. A expectativa de uma parte deles era de que uma possível fraude nas eleições fosse apontada através deste relatório.
Outros órgãos que fiscalizaram… O TCU (Tribunal de Contas da União), a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a OEA (Organização dos Estados Americanos) focaram seus relatórios na ausência de irregularidades do pleito.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que o relatório foi recebido com “satisfação”, e que as Eleições de 2022 comprovam a eficácia, a lisura e a total transparência da apuração e da totalização dos votos.