O ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PT), esteve neste sábado (18) na cidade de Rio Tinto, no Litoral Norte paraibano. Ele foi recepcionado pela cacique e vereadora Claudecir Braz (Progressistas), idealizadora do Arraiá Monte-Mor, na Vila Regina.
Coutinho visitou bases e concedeu uma entrevista exclusiva e de pura nitroglicerina ao autor do Blog. Na oportunidade, ele fez um balanço das ações dos seus dois governos nas diversas áreas, inclusive, citando benefícios ao povo Potiguara. Confira íntegra da entrevista abaixo.
Em pouco mais de 30 minutos de revelações, Ricardo explanou sobre a atual conjuntura política na Paraíba e no Brasil, falou sobre adesões de lideranças ao seu projeto político, apontou fragilidades do governo de João Azevêdo (PSB), e disse que foi uma das vítimas da perseguição às lideranças populares, classificando de lavajatismo a Operação Calvário.
Conforme Ricardo, o atual governador paralisou pouco mais de 100 obras deixadas pelo seu governo, em sua maioria, construção de unidades escolares. Para ele, a ineficiência na área da educação é culpa do governo João, “que vive de factoides”, disse.
Sobre a divisão do palanque do ex-presidente Lula no estado (PT/MDB x PSB), o ex-gestor do Executivo estadual não poupou críticas, frisou que João escolheu o PSB por carona, para estar em uma das siglas que vão fazer parte do arco de alianças com o ex-presidente, após frustração de ter um entendimento para uma terceira via.
Na parte final da entrevista, quando indagado sobre o que achava das delações feitas por ex-integrantes do seu governo na Operação Calvário, Ricardo afirmou que o Brasil ficou doente, onde a democracia foi atingida por um câncer chamado de “lawfare” (palavra formada do inglês law, “direito”, warfare, “guerra”, em português: guerra jurídica), onde está enquadrada à Calvário. “É uma narrativa para prejudicar um projeto que mudou a Paraíba. Para mudar a Paraíba eu tive que acabar com muitos privilégios”, disparou o petista.
Ouça entrevista: