A Polícia Federal (PF) designou o delegado Martin Bottaro Purper, que já comandou investigações contra a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), para assumir o inquérito sobre a facada contra o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha que o alçou ao Palácio do Planalto, em 2018.
O caso Adélio era conduzido pelo delegado Rodrigo Morais Fernandes, que atuou nos dois inquéritos abertos para investigar o atentado. Em dezembro, foi anunciada sua transferência para os Estados Unidos para atuação junto ao escritório da Homeland Security Investigations (HSI) em Nova York.
A investigação foi reaberta após decisão do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1), em Brasília. No início de novembro, a corte derrubou as restrições que vinham travando as apurações, liberando a análise de material obtido a partir da quebra de sigilo bancário do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que na época do crime defendeu Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada.
Nas investigações anteriores, a Polícia Federal concluiu que Adélio agiu sozinho, sem cúmplices ou mandantes. Ele também foi considerado incapaz de responder pelo crime por sofrer distúrbios psicológicos e cumpre medida de segurança na penitenciária federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, por tempo indeterminado.