A deputada estadual e presidente da Comissão dos Direitos da Mulher na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Camila Toscano (PSDB), apresentou requerimentos e ofícios solicitando ao Governo do Estado, por meio das Secretarias da Mulher e Diversidade Humana e de Comunicação, a realização de campanhas de prevenção e repressão à violência virtual contra as mulheres. Segundo ela, esse tipo de problema vem se tornando uma realidade no País e durante o isolamento social, muitas mulheres reclamam desse ataque via internet.
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Segundo dados da ONG SaferNet – que atua na defesa dos direitos humanos em ambientes virtuais – o número de denúncias de crimes na internet relacionados a violência contra a mulher explodiu em 2018 – saltou de 961 denúncias em 2017 para 16.717 no ano passado, crescimento de 1.639,54%. No geral, o número de denúncias de crimes online cresceu quase 110%, de 63.697 casos para 133,7 mil.
Entre os cinco principais tópicos de atendimentos da Helpline da SaferNet Brasil, três envolvem violações com raízes discriminatórias em que as mulheres são as que mais pedem ajuda. São elas: Intimidação, ofensa ou discriminação; Sexting (prática de enviar mensagens, fotos ou vídeos sexualmente explícitos pelo celular); e conteúdos de ódios, violentos.
De acordo com o Dossiê Violência contra as Mulheres, as violências de gênero na internet não estão descoladas do ‘mundo real’ – também estão calcadas no desrespeito em relação às decisões das mulheres e em expectativas sobre o que seria um ‘comportamento feminino adequado’.
Para a deputada, é importante que a Secretaria de Comunicação se engaje realizando uma divulgação dos serviços e esclarecendo que esse ataque virtual a mulheres também é crime.