No ano passado, o Brasil atingiu a marca de 203 milhões de habitantes, registrando um aumento populacional de 0,52% nos últimos 12 anos — a menor taxa desde o 1º Censo realizado no país, em 1872. É o que diz o Censo Demográfico 2022, divulgado nesta quarta-feira (28.jun) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
- O número mostra uma forte desaceleração no crescimento populacional, com uma tendência de estabilidade nos próximos anos.
Com a expectativa de vida aumentando e menos pessoas tendo filhos, o resultado é uma população cada vez mais velha e um possível fim do “bônus demográfico” do Brasil.
Explicando melhor, esse bônus demográfico é uma fase em que a população economicamente ativa consegue sustentar os idosos e as crianças. Por outro lado, quando isso muda, há um grande impacto na previdência.
Assim, o resultado do Censo de 2022 comprova que a sustentabilidade do nosso sistema atual de aposentadoria está ameaçada — e a tendência é piorar com o passar dos anos.
Só para ter ideia, com exceção do pagamento de juros da dívida pública, as despesas previdenciárias são o principal gasto da União, somando mais de R$ 800 bilhões em 2022, ou 44% da despesa total do governo.
Analisando o país, Salvador foi a capital que mais perdeu habitantes, com menos 250 mil pessoas. Em seguida, considerando quedas percentuais, aparecem Natal, Belém e Porto Alegre. João Pessoa é o 20º município mais populoso do Brasil.