A sétima edição da pesquisa “O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios”, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV mostra que apenas 44% dos pequenos negócios paraibanos acreditam que mais da metade dos clientes voltará em 30 dias. O estudo também revela que, no estado, a expectativa é de que a economia volte ao normal em até 10 meses. Já no Brasil, a expectativa é de que isso ocorra em apenas 11 meses. Nesta segunda-feira (5), Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, o deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar de Empreendedorismo e Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Eduardo Carneiro (PRTB), destacou que o tema será abordado durante a II Semana Estadual do Empreendedorismo (Empreenderama).
“Os resultados dos pequenos negócios são reflexo do que ocorre com o nível de emprego e renda do trabalhador. São questões importantes que vamos discutir dentro da II Semana Estadual do Empreendedorismo, abordando ações efetivas para o pós-pandemia. Temos um cenário grave a enfrentar, mas acredito na força e no poder de ser reinventar dos empreendedores. Vamos abrir possibilidade de network e ainda trazer especialistas para debater alternativas para a nossa economia e fortalecimento dos negócios”, disse Eduardo Carneiro.
De acordo com os dados da pesquisa, 79% dos respondentes na Paraíba afirmaram que o seu faturamento mensal diminuiu em relação a um mês normal, enquanto que 13% registraram aumento, 5% afirmaram que o faturamento permaneceu igual e 3% não sabe ainda ou não quis responder. Essa variação no faturamento foi em média de 35% para os empreendedores paraibanos. A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 31 de agosto e contou com uma amostra de 7.586 respondentes de todos os 26 estados e Distrito Federal, composta por 57% microempreendedores individuais, 38% microempresas e 5% empresas de pequeno porte. Na Paraíba, foram 110 entrevistados.
Outra realidade – Quanto aos negócios administrados por mulheres, uma pesquisa realizada pelo Sebrae e Fundação Getúlio Vargas, mostra que as empreendedoras demonstraram maior agilidade e competência ao implementar inovações em seus negócios. De acordo com o levantamento, a maioria das mulheres (71%), faz uso das redes sociais, aplicativos ou internet para vender seus produtos. Já o percentual de homens que utilizam essas ferramentas é bem menor: 63%. Essa vantagem das mulheres diante dos empresários também foi verificada no uso do delivery e nas mudanças desenvolvidas em produtos e serviços.