Depois de muita articulação do governo, a Câmara aprovou a reestruturação dos ministérios do presidente Lula no final da quarta-feira (31.mai), aos 45’ do segundo tempo.
Entendendo… Em janeiro, o presidente Lula assinou uma Medida Provisória que mudou a estrutura dos ministérios, permitindo o aumento do número de pastas.
- Como o próprio nome diz, a decisão tinha prazo de validade — que era justamente o último dia de maio. Bom, os deputados resolveram esse problema.
Por que isso importa?
Se o texto não fosse aprovado, Lula teria, nada mais nada menos, que reduzir a quantidade de ministérios de 37 para 23 — que era o número durante o governo Bolsonaro.
Na prática, isso causaria um grande desgaste político com atuais ministros e seus respectivos partidos. Tanto que o governo liberou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares na terça (30.mai).
Mas a aprovação não foi tão simples…
Apesar do placar ter anotado certa folga (337 a 125), os bastidores para a aprovação da pauta foram bem complexos. Inclusive, a própria votação no limite do prazo foi uma sinalização do incômodo de deputados com o governo.
- Durante o dia de votação, o próprio Lula entrou na articulação, fazendo uma reunião de emergência com ministros e tendo até ligado diretamente para o Arthur Lira, presidente da Câmara.
Olhando para frente, a pauta seguiu para votação no Senado nesta quinta-feira (01.jun). Onde foi aprovada com 51 votos a favor, 19 contra e uma abstenção, confirmando a vitória — mesmo que difícil — do governo no Congresso, depois de uma sequência de derrotas significativas. O texto vai à sanção presidencial.